sábado, 24 de setembro de 2016

Um príncipe em minha vida - muuuuitos anos depois

Olá pessoas queridas,

Hoje é sexta-feira (chega de canseira!) e pela primeira vez em bastante tempo, eu tenho a casa só pra mim! Meu querido marido saiu com os amigos e eu preferi ficar em casa curtindo a liberdade. O que eu escolhi fazer? Sair da dieta comendo chocolate e pipoca e assistir a um filme romântico brega. Parecia uma ideia perfeita até eu escanear o Netflix e perceber que eu já tinha visto todos os filmes de adolescente da lista (é impressão minha ou Hollywood parou de fazer esse tipo de filme?). Eis que encontro ele, o único, o magnífico, o queridinho dos meus 15 anos: Um príncipe em minha vida, filme de 2004 com a Julia Stiles. Pra quem não sabe, o filme conta a história de um príncipe dinamarquês playboyzinho e inconsequente que vai para uma universidade nos Estados Unidos, conhece a Julia Stiles, se apaixona, toma juízo e eles vivem felizes para sempre. Mil desculpas pelos spoilers, mas esse estilo de filme é um spoiler por si só, não é não? Mas enfim... obviamente, eu soube na hora que teria que assistir esse filme novamente, agora com outros olhos, e esse post vai contar pra vocês todas as impressões que tive desse revival.



Logo nas primeiras cenas eles mostram paisagens famosas da Dinamarca como Nyhavn, o castelo de Frederiksborg, a Igreja de Mármore, e os guardinhas da rainha em frente àquela casinha em formato de lápis vermelho (veja você mesmo na foto seguinte).


Incorporando o espírito adolescente, eu comecei a gritar histericamente ao reconhecer as coisas do filme. Tipo assim:


Logo depois, o príncipe Edvard (acertaram ao escolher um autêntico nome dinamarquês. Ia ser uma decepção se ele se chamasse Howard, ou Kevin, ou Bill) chega em um carro super potente, cantando pneu e fazendo manobras. Ele para em frente a um café onde várias pessoas ricas esperam por ele. Sobre essa cena, preciso dizer que NINGUÉM dirigiria assim em Copenhagen. Não se a finalidade não fosse atropelar no mínimo 2 dúzias de ciclistas.

A outra coisa que eu reparei no filme e que difere da realidade é que o Príncipe Edvard sempre anda acompanhado de um fiel escudeiro, encarregado de tomar conta dele. Entretanto, na vida real, o príncipe caminha com seu cachorro, leva os filhos na escola e anda de bicicleta sem que ninguém o acompanhe. Ele é como nós! Gente como a gente! A única diferença é que o cachorro em si deve ter trocentos pedigrees, os filhos provavelmente estarão vestidos de Prada e não com uma blusa do Ben 10 que acende, e a bicicleta deve ter sido desenhada por Oscar Niemeyer.

No filme, a residência da família real é o Castelo de Frederiksborg. Na realidade, é o Palácio de Amelienborg. Mas vamos concordar que o primeiro é muito mais bonito e com cara de realeza do que o segundo, então eu perdôo!

Um ponto realmente interessante é que todos falavam um perfeito inglês britânico. Daquele beeeeem carregado tipo "bótou" para bottle ou "uótã" para water. Na verdade, o inglês falado aqui tem até um pouquinho do sotaque britânico, mas é muito mais americano devido às influências musicais e dos programas de TV e filmes.

Descobri que o baterista do Metallica é dinamarquês. Achei uma ótima adição à minha lista de pessoas dinamarquesas (de verdade ou não) famosas. Lista esta que contém o Hans Christian Andersen, o Niels Bohr, o Hamlet, a Pequena Sereia e o grupo Aqua que canta "Barbie Girl".


No filme, um motorista de táxi diz que "toda vez que a família real resolve sair de casa eles fecham metade da cidade", e aí mostra um cortejo passando com a rainha e a princesa numa charrete chique e o príncipe vestido à caráter em cima de um cavalo. Todos da cidade estão reunidos em volta com bandeirinhas da Dinamarca, gritando fervorosamente. E no final das contas, o príncipe estava apenas indo abrir uma sessão normal no parlamento. Tudo neste cena está errado. Primeiramente, dinamarqueses não gritam fervorosamente nem em jogo de futebol (sério... eu fui duas vezes). Em segundo lugar, 99,9999% dos dinamarqueses que eu conheço não dão a mínima pra família real e tenho certeza de que a cidade inteira nunca iria se agrupar apenas para vê-los ir ao parlamento, em um dia normal. Terceiro, o príncipe não fica passeando de cavalo pela cidade e desconfio que a rainha não ande de charrete. E por último, nunca vi a cidade fechar para a família real passar. Na verdade, nunca nem vi a família real.

A segunda coisa mais legal do filme (vou falar a primeira daqui a pouco) foi ver os guardas da rainha trabalhando literalmente para a rainha! Eles estavam dentro do castelo fazendo coisas totalmente diferentes do que gritar com chineses que tentam entrar em suas casinhas de lápis para tirar foto. Isso é muito chocante pra mim porque todas as vezes que eu fui no Palácio de Amelienborg eles estavam fazendo exatamente isso.

E por último, mas não menos importante (na verdade, vocês vão achar idiota mas eu não tô nem aí), a coisa mais legal do filme foi em uma das últimas cenas, onde o Príncipe Edvard segura um cetro e uma esfera real em sua coroação EXATAMENTE como a Elsa, de Frozen! Sério, parece a mesma cena! Deve ser alguma tradição escandinávica! :P Let it go! Let it go! :)



É isso, pessoal! Espero que tenham gostado! Eu indico o filme para quem quiser ver umas cenas da Dinamarca, ou para quem tiver 15 anos. Fora isso, assistam Game of Thrones, que é mais legal.

Beijos! Até a próxima!





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