terça-feira, 31 de maio de 2016

Série Felicidade Dinamarquesa: Post 2 - Impostos

Oi pessoal,

Chegou a hora do segundo post da Série Felicidade Dinamarquesa. Aqui, vamos explorar seis pontos citados no livro "The Year of Living Danishly: Uncovering the Secrets of the World's Happiest Country" que podem explicar a felicidade dos dinamarqueses. No primeiro post falamos sobre como as pessoas aqui confiam uns nos outros, agora, vamos falar sobre impostos. Como os dinamarqueses podem ficar satisfeitos em pagar um dos impostos mais altos do mundo? A resposta para esta pergunta é: não reclame, usufrua.
O início desse post pode fazer vocês imaginarem a cena de um dinamarquês recebendo o contra-cheque e jogando confetes para o ar: "CINQUENTA POR CENTO DE IMPOSTO!?!? COMO ESTOU FELIZ! VAMOS COMEMORAR! BOLO! BOLO!". Mas não se iluda, obviamente isso não acontece. O povo da Dinamarca não sente prazer por ver dinheiro sendo descontado de seu contra-cheque.


Aqui, entretanto, eles têm a oportunidade de entender para que, onde e como seus impostos estão sendo investidos. Eles possuem sistema de saúde e educação grátis e de qualidade, podem receber ajuda para pagar o aluguel, creche, mesada para casais com crianças, entre outros. Todos os dinamarqueses maiores de 18 anos recebem por volta de $900,00 (quase 6 mil coroas dinamarquesas, ou 3 mil reais) por mês para frequentarem a universidade, que é grátis. Além disso, os policiais dinamarqueses são bem remunerados e treinados, e a violência no país é ridiculamente baixa. Adivinha de onde todo esse dinheiro vem? Dos impostos que a população paga! Não dá para reclamar de estar sendo descontado quando não se precisa pagar plano de saúde, escola particular, previdência privada... Eu mesma "perco" uma quantia substancial do meu salário por causa dos impostos, mas não me sinto no direito de reclamar já que posso usar muitas das regalias dinamarquesas como ir ao médico de graça e tirar 5 semanas de férias. Além disso, os salário aqui são justos e altos, o que quer dizer que, mesmo após taxado, você continuará recebendo bem.


No Brasil, também pagamos impostos altos e também temos muitos serviços grátis à nossa disposição como saúde e educação. Entretanto, nem sempre eles são de qualidade, fazendo com que a parte da população que tenha condições para tal, prefira pagar plano de saúde e colocar os filhos em escolas particulares. Nosso maior problema e o motivo de reclamarmos tanto dos impostos que pagamos é não conseguimos enxergar onde eles são investidos e ficarmos imaginando para o bolso de quem eles serão desviados.
Por fim, entendemos que o real motivo da felicidade dinamarquesa não é o ato de pagar impostos, e sim o de estar em paz ao fazer isso, sabendo que poderá usufruir de todos os benefícios que ele poderá trazer.

Um comentário:

  1. Olá, muito bom texto, o post 1 e também agora o 2.
    Tá muito legal.
    O meu comentário é o seguinte...tenho muitas críticas ao sistema de saúde público daqui da Dinamarca. Muito legal que todos tem direito a não morrer à mingua, que a assistência médica está incluída no pagamento dos nossos impostos. Entretanto, não há comparação com o sistema de saúde privado daqui, que é muito melhor, assim como no Brasil. Se quereremos ou precisamos de atendimento mais eficiente há um grande risco de se frustar com o que vamos encontrar aqui usando o sistema público. Correndo o risco de ser injusta com generalizações vou emitir minhas opiniões fundamentadas na minha experiência e na das pessoas próximas a mim.
    O que vejo de positivo é que em geral aqui na Dinamarca existe a vantagem de que os médicos não são a favor de tantas intervenções medicamentosas desnecessárias como no Brasil, e também o sistema público funciona bem para mulheres que querem ter filhos de parto natural aqui.
    Mas o problema principal no meu ponto de vista é que os médicos do sistema público do país mais feliz do mundo estão muito atrasados com a medicina preventiva. Os nossos bons médicos brasileiros estão muito mais atualizados e capacitados a oferecer alternativas que melhoram a nossa qualidade de vida e evitam problemas futuros.
    Aqui ninguém sabe o que é medicina ortomolecular, formas mais alternativas de tratamento e muitas vezes os médicos não te oferecem soluções que você mesmo não pode encontrar no google. Oferecem soluções atrasadas e encaram muitas vezes as novas alternativas como "luxo", gasto de dinheiro desnecessário.
    Quem pode oferecer tratamentos comparáveis aos dos nossos médicos brasileiros são os médicos particulares da Dinamarca, infelizmente não incluído nos impostos que pagamos.
    Agora em relação as escolas a história é outra....eu penso que a escola pública daqui é muito mais competente para formar cidadãos que muitas escolas particulares do Brasil, que infelizmente se restringem a preparar crianças e adolescentes para vestibular e não para vida.
    A escola pública daqui ensina para meninos e meninas carpintaria, costura, cozinha, trabalhos manuais, artísticos, incentiva a reflexão e expressão de idéias entre muitas outras vantagens na minha opinião.
    Vou esperar o post 3...
    Abraços
    Renata Cardoso Marquart

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